As franquias são um modelo de negócios totalmente diferente dos modelos convencionais. Como ficaria nesse caso a contabilidade da empresa? Seria feita na empresa principal? Ou nas franqueadas?

Descubra nesse artigo, como o contador deve proceder nesses casos.

 

As franquias têm alguns aspectos contábeis diferentes do comércio tradicional, pois trabalham com uma marca já existente ao mesmo tempo em que devem cumprir uma legislação societária, fiscal e contábil próprias. Além de tudo isso, as franquias devem ter uma folha de pagamento diferenciada.

 

Realmente, não é um trabalho fácil para o contador manter os registros contábeis de uma franquia em dia sem realizar algum deslize. Qualquer erro pode resultar em autuações fiscais ao dono da franqueada e muita dor de cabeça.

 

Diferenciais na Contabilização

O que vai diferenciar a contabilização das franquias é o que consta no contrato entre franqueador e franqueado.

 

A aquisição da franquia por tempo indeterminado é considerada uma aquisição definitiva, ou seja, deve ser registrada como Ativo Permanente e é considerada um Fundo de Comércio, adquirido à vista ou à prazo.

 

Se a compra for feita à prazo, deve ser contabilizada como passivo circulante de longo prazo, cujo vencimento será a partir de um ano após o Balanço Patrimonial.

 

Valorização da Franquia

De tempos em tempos, a franquia deve ter seu valor contábil atualizado, seguindo os princípios fundamentais da contabilidade.

 

Se a Franquia for adquirida por prazo determinado, o saldo pode ser pago à vista ou parcelado e deve ser contabilizado no Ativo Imobilizado ou Ativo Deferido com a devida amortização e depreciação no período.

 

No ativo imobilizado devem ser contabilizadas as franquias que possam ser repassadas adiante, com a devida depreciação e reavaliação ao longo do tempo.

 

No caso das franquias que não podem ser passadas adiante, devem ser contabilizadas no ativo diferido e ser amortizadas durante o período de exploração.

 

 

Participação nos Lucros

O ativo permanente contabiliza a participação nos lucros ou faturamento mensal da franquia concedida por tempo indeterminado. Caso o contrato seja por prazo determinado, o valor inicial pago deve ser contabilizado no Ativo imobilizado, depreciado ao longo do período de vigência da franquia.

 

A participação do franqueador nos lucros é contabilizada como despesa pelo regime de competência, mesmo quando os valores não são pagos imediatamente.